segunda-feira, 1 de julho de 2013

29/07/2013 - Desafio ciclístico a Canudos Bahia

29/07/2013 - Desafio ciclístico a Canudos Bahia


Sábado, dia 29 de julho de 2013, 2:50 da manhã com temperaturas em torno de 18° a 22°c estavam presentes os ciclistas Mario Sergio o Maurão, Pedro Soares o Pedro do Baú e João Garcia. O desafio tem o seu primeiro obstáculo, um dos componentes (João) apresenta sangramento por via nasal, o mesmo reluta em desistir do passeio, parecendo irresponsabilidade para alguns presentes, mas, o mesmo insiste em aguardar o estancamento, e assim o fez pedalou um pouco na praça do tanque grande fazendo com que o vento frio penetrasse em suas vias superiores e com a contração das mucosas nas vias nasais obstruísse o sangramento, após duas voltas (1km) o sangramento foi interrompido, e seguimos para o nosso desafio, no sentido a Serra Branca. No trecho entre Serra Branca e o povoado de Miranda a Bike de Mario Sergio apresenta problemas com o canote do Selim, continuamos a pedalar pela madrugada e estrada a dentro, após 20km de pedalada o canote do selim de Maurão quebra por definitivo, e ele solta uns 200 palavrões por ali, mas, o pedal é continuado desta vez com o Maurão pedalando mais em pé do que sentado, seguimos até o povoado de Rejeito. 
O dia começa a dar seus primeiros sinais surgindo  com um pequeno clarão ao leste onde  seguíamos com sentido a Ambrósio nas proximidades com o rio Itapicurú, o sol aparece brilhante e forte, neste trecho o terreno alternava entre cascalho e areia muita areia onde foi preciso seguir empurrando as bikes. Ao se aproximar de Ambrósio eis que surgi um declive com bastante adversidade (pedras e buracos) de tirar suspiros de emoção dos mais experientes ciclistas, Maurão desce como conhecesse aquele local seu Pedro com a sua aro 29, sentiu a diferença na dirigibilidade da bike e preferiu descer empurrando, em seguida vem João Garcia com sua 26 descendo ao som dos passarinhos que entoavam os seus cantos matinais em meio a pouca caatinga verde que tinha por lá. Atravessamos o rio e seguimos em destino a Quijingue onde enfrentamos muitos pontos de inclinação, e sempre homenageávamos o amante das subidas o amigo Max, a cada subida pensávamos nele. Em meio as adversidades do terreno, cada qual com suas mochilas a carregar, Maurão com seu canote quebrado, João Garcia com os sintomas gripais a lhe perseguir (desta vez escorrimento nasal e não sangramento). Em uma determinada subida que parecia não ter fim, encontramos um senhor com uma ‘monark’ barra circular e nos salda dizendo que éramos de muita coragem encarar a “ladeira” mais retrucou dizendo:  “também umas bicicletas dessas com machas, fica fácil”. Seguimos por algumas comunidades com nomes não muito bonitos como: “pentelho falhado e Sitio do cagado” nas proximidades do Sitio do cagado quando parecia estar longe de tudo e de todos, eis que alguém grita: Joãooo!!! de repente pensávamos estar enganados mais foi real, alguém nos reconheceu, o Bila do licor irmão do amigo Sedito, o mesmo estava na casa de seus avós e nos convidou para um cafezinho, na oportunidade Maurão resolve concertar a bike realizando um REPARO TECNICO TEMPORARIO o famoso “armengue”. Seguimos e alguns km a frente chegamos a casa dos Pais do amigo Edisvanio Nascimento amigo e incentivador do grupo. Fomos convidados por dona Zetinha para tomar um café, enquanto estávamos a mesa ela nos oferece um cuscuz muito especial feito da forma mais artesanal possível o cuscuz feito de milho moído na hora, nossa foi muito bom, e olha que o grupo nem gosta tanto de cuscuz...risos.  Após o prejuízo ou melhor a “comilança” , digo o café da manhã, seguimos sentido Quijingue ao qual chegamos as 9:30. Após um momento de descanso colamos uma câmara de ar que havia furado e seguimos sentido a comunidade de Maria preta com muito sol quente depois seguimos por meio de uma estrada pouco movimentada com direção a Euclides da Cunha. Durante o percurso entre Quijingue e Euclides da Cunha passamos por uma região muito bonita cheio de serras e muita caatinga nativa, é neste momento que percebemos que o grupo estava tecnicamente dividido parte estava extremamente preocupado com o passar das horas enquanto a outra parte estava preocupado em vislumbrar a obra de Deus a Beleza natural que nos era apresentado. E como a equipe é democrática o grupo menor que pensava o desafio como um passeio ciclístico e ecológico se deu por vencido e seguimos sem registrar as belezas daquele vale, que depois descobrimos que se tratava de uma reserva do IBAMA.  Depois de mais de 100 km pedalados chegamos a uma comunidade chamada de Ruilândia pertencente ao Município de Euclides da Cunha, que conforme o estudo inicial só faltaria alguns km para Euclides, porem, descobrimos que na realidade ainda faltavam 18 km para tal. Paramos nesta comunidade conversamos com alguns moradores, inclusive com um amante do ciclismo que mora em São Paulo e que estava de passeio naquela comunidade. Depois da troca de algumas experiências e hidratados seguimos o nosso destino, desta vez mais cansados, em função do tempo muito quente e a fome que começara a castigar a todos, pois, já se passava das 13:30. Seguimos o nosso percurso e quando faltava uns 5 km para Euclides a equipe foi surpreendidos com um senhor na casa dos 75 anos de idade com uma bike ‘monark’ ano 69, que parecia uma 29 conduzida por um atleta de triátlon, ele alcança a equipe passa o primeiro passa pelo segundo, e ao alinhar com o terceiro ele diz:  minha bicicleta é do ano de 69 não troco por outra, e seguiu como que deslizasse ao vento. Ao chegar em Euclides falávamos da ousadia e do vigor daquele ciclista, seu Pedro ficou tão indignado que declarou não querer ver uma outra monark mais nunca na sua frente, imagina, ele numa 29 toda na tecnologia perder feio para uma Monark ano 69 de ferro puro? Depois de 121 km pedalados chegamos muito exaustos a Euclides da Cunha e a fome era tamanha que entramos no primeiro restaurante que encontramos e Maurao foi logo pedindo almoço para os três, neste momento fomos servidos, primeiro veio um espeto de custela de bode, muito bom, depois veio um outro espeto de uma carne branca bem corada, ai Maurão perguntou esse é porco? E o garçom diz: não, só temos bode. Resultado, descobrimos que entramos num restaurante que só servia bode, seja ele cosido, assado, na brasa, só bode. Depois do almoço descansamos um pouco os músculos e seguimos com destino a Bendegó, seguimos pela BR116, logo logo, escurece ai permanecemos pedalando pelo escuro, em meio ao transito de carros e carretas muitas carretas, durante esses 61 km de BR só encontramos um povoado a 15km de Euclides, os demais era somente deserto, sem um ‘pé de gente’ e carreta e mais carreta, não tinha nem aonde parar para descansar os músculos e repor um pouco de liquido, já estávamos a ver miragem, devido a tanta escuridão e deserto, derrepente seu Pedro afirma que já estaríamos perto, e nada, pensávamos que havia passado do tal Bendengó, bem enquando a tal da Bendegó não chegava os comentários seguiam por exemplo: “eita  Bendegó longe, parece que vamos chegar em Santaluz e não chega em Bendegó”, ou, “rapaz será que esse lugar existe mesmo, será que é uma cidade fantasma?” bem, outros comentários recheados de palavrões  que não merecem entrar nesta narrativa. Chegamos a um ponto que percebemos uma serra ao nosso lado, e seu Pedro disse novamente: “depois dessa serra fica perto”. E nada quase dávamos a volta a grande serra e nada de Bendegó, e tome mais ladeira, descobrimos que 61 km era de pura inclinação baixa mais continua, enquanto isso mais pedalada e nada da tal “Bendegó” primeiro lugar o nome já é estranho e as circunstâncias ao qual ela estava sendo apresentada piorava muito mais. Quando passávamos das 20:30 eis que um grande clarão aparecia a nossa frente quase desacreditados pensávamos desta vez deve ser Bendegó mesmo e foi, demorou bastante mais chegou, resolvemos dormir por lá mesmo não seguindo para Canudos, devido o horário. Bem, o desafio foi cumprido, porem não mais será repetido, pelo menos por enquanto, chegamos muito cansados e exaustos de esperar por ‘bendegó’ nossa esses 61km pareciam 200km, mais foi muito bom mesmo esse passeio apesar da gripe que insistiu durante todo o percurso em um dos componentes bem como a resistência do Maurao com seu REPARO TECNICO TEMPORARIO.



31/07/13 – Passeio ciclístico em Canudos
Na manha do dia 31 de Junho, as 6:00 da manha os demais membros da equipe chegavam de carro a Bendegó, retiraram as bikes, tomaram café e seguiram para o Canudos velho, onde visitamos as ruínas da antiga igreja onde o Antonio conselheiro reunia o povo antes do massacre. O grupo maravilhado com o ambiente, algumas conversas a respeito da historia e mais fotos. O grupo seguiu de volta para o povoado de Bendegó e seguimos para a Canudos nova, onde o pessoal visitou a barragem de canudos um bom banho e em seguida almoçamos e seguimos para a nossa cidade de origem Santaluz. O passeio foi muito bom e queremos agradecer a todos que nos incentivaram e nos apoiaram, como as nossas famílias e amigos, agradecer a todos do grupo TSA pela participação.



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