Santaluz a Itiúba
No dia 13 de Setembro de 2014, os ciclistas João Garcia, Alcides Monteiro e Pedro Oliveira, saíram de Santaluz as 6:00 da manhã para mais um passeio ou desafio como queiram, ambos somando no final 240 km de pedalada. Os primeiros momentos muito papo e uma pedalada bastante agradável, o clima estava a nosso favor, sem sol. Passamos pelos povoados de Gravatá, Veneza, Fazenda Nova, Fazenda de Cima e a comunidade de Cancela. Onde a equipe passava despertava curiosidade, principalmente as crianças, ficavam encantadas pelas bikes, pois, nunca haviam visto ciclistas por aquelas bandas. Seguimos com destino a Queimadas, estrada com muitas “costelas de vacas” e em fim queimadas realizando assim ¼ da viagem. Fizemos um tour em Queimadas, pedalando pelo centro, visitamos a feira livre, chegamos em Queimadas por volta das 10:30, esperamos um pouco, para assim almoçar, chegamos no restaurante e esperamos a hora de servir o almoço. Depois de repor as energias seguimos para a comunidade de Jacurici.
Esta Comunidade nos fascinou,
descobrimos que a comunidade foi ponto de embarque do maior Meteorito já registrado
no Brasil, o Chamado Meteoro de Bendengó, onde o mesmo foi Transportado de
Bendengó até Jacurici, para então ser embarcado e transportado para o Museu
Nacional, houve uma força tarefa, tanto do governo quanto do coronéis da época.
Tudo isso ocorreu no ano de 1888. Percebemos esse fato, devido a um obelisco de
pedra construído no local na época para lembrar do feito. O que nos deixa
triste é que ninguém na comunidade sabia muita coisa a respeito, porém, ao
visitar o memorial, constatamos do que se tratava.
Memorial do Tranporte do Meteorito de Bendengó |
Após, reposição de líquidos e
aquele descanso seguimos para a próxima comunidade denominada de Cacinba, sendo a ultima comunidade até a chegada em Itiúba.
As 16:30 chegamos ao nosso
objetivo, nos acomodamos na pousada Serrana, onde fomos bem recebidos, de
imediato, já ligaram para alguns membros do grupo de ciclismo da cidade,
conhecemos o Laecio, e o Michael, que se apresentaram a equipe e que
infelizmente não podiam nos acompanhar na visita a Serra de Itiúba, devido a um
passeio ciclístico com o grupo de ciclistas de Andorinha.
No dia 14, domingo, acordamos e
seguimos com destino a Serra de Itiúba, local onde existe uma comunidade a mais
de 780 metros de altura, comunidade essa que existe desde os anos de 1600, onde
colonizadores ali se instalaram, e que depois de muitos anos desceram e deram início
ao arraia de Itiúba e que no ano de 1936 passou a ser cidade.
Bem a visita não foi nenhum pouco
fácil, primeiro que eram mais de 8,5 km de pura subida e que a inclinação aumenta
a cada km. Não conseguimos, subir por
completamente, e desafiamos alguém conseguir, a distância não é o problema e
sim a inclinação. Bem, subimos, mesmo
empurrando a magrela, ao chegar lá
percebemos que o ar é diferente, a vegetação muito bonita. Visitamos a igreja e
outros pontos históricos. O curioso é que as casa em sua maioria foram feitas
de pedra, as propriedades eram divididas por cerca de pedra, presenciamos o
tempo todo demarcações com essas cercas de pedra, e que pelas características,
acreditamos que foram feitos pelos escravos, levados pelos colonizadores da época.
Após os registros, descemos a
serra, muita emoção.... como dizem, aventura e adrenalina, nos dirigimos ao
centro da cidade para aquele velho cuscus, tradição entre ciclistas do ETSA.
No retorno fomos informados de
uma trilha não muito usada, mais que reduziriam a distancia em 11 km, e que nos
disseram que era muito ruim. Mas, o que ruim para outros, as vezes para os
ciclistas é uma maravilha, e como foi. A trilha é acompanhando a Linha férrea que
corta as serras daquela região, assim o fizemos. Essa trilha foi tudo no
passeio, nela só era possível transitar um ciclista por vez, de um lado a linha
férrea e do outro a ribanceira. Bem, os ciclistas João e Alcides estava
maravilhados pela trilha, emocionante, fatastica, perfeita, diziam os mesmos. Já
o Pedro de Oliveira o Pepeô, viciado em estradão e em aro 29, não gostou, na
realidade tremeu de medo, de rolar pelo despenhadeiro, muita reclamação com as
pedras soltas, e o risco de cair. Já os demais estavam muito feliz com aquela experiência.
Passamos por uma trilha que só passa a “Burro”
ou outro animal de montaria. Pedras, sustos, espinhos muito espinho, pois, estávamos
sentindo na pele como é a vida de um desbravador de caatinga, conhecidos como
Vaqueiros. Chegamos muito marcados pelos espinhos que saímos rompendo, mas,
valeu apena.
O retorno encontramos na a equipe
do Ascoob, fazendo aquele trabalho social em pleno domingo na comunidade de
Cancela em Queimadas, onde tinha apresentação de capoeiristas e demais
apresentações de elementos culturais do local, O passeio chega ao fim, foi
muito tranquilo, apesar do cansaço causado pelo sol forte e o vento que não deu
tréguas para os membros do ETSA.
Assista a descida da Serra de Itiúba
Por: João Garcia
Fotos: João Garcia e Alcides
Monteiro
Parabéns amigos por transpor estas informações valiosas sobre nossa querida regão da caatinga, vocês estão fazendo história através da bicicleta no campo do turismo, somos gratos por essa vivência que nos enaltece através de relatos, fotos e vídeos.
ResponderExcluirUma passeio super interessante, curioso e que nos faz sentir-se mais importante por se fazer presente.
Um forte abraço e muito obrigado por tudo isso.
Para complementar:
http://www.ibahia.com/a/blogs/memoriasdabahia/2013/02/15/o-meteorito-que-caiu-na-bahia/
Obrigado amigo, Joel Rios, pelo seu incentivo e sua amizade junto ao grupo.
ExcluirValeu amigão!
ExcluirSó lembrando, que Pepeu esta com o verde todo, até no geladinho. Risoss!
Amigos, para vocês qual a sensação de descer nesta velocidade? Creio que é a única montanha nesta região com tal característica.
ExcluirParabéns ciclistas, foi um praser conhecer vcs. Vamos marcar um pedal pra reunir as equipes Itiuba e vcs dai. Um forte abraço. Att. Michael Som.
ResponderExcluirobrigado Michael Pela acolhida, e estamos de braços abertos pra receber sua equipe em nossa cidade.
ExcluirSalve pessoal. Meu nome é João Alexandre e sou professor. Dentre minhas atividades, desenvolvo vários projetos educacionais para melhor o conteúdo da Wikipédia em português. Temos um verbete sobre o Obelisco de Bendegó, com fotos de má qualidade (https://pt.wikipedia.org/wiki/Obelisco_Bendeg%C3%B3). Será que poderiam doar suas imagens para a Wikipédia? Os créditos serão evidentemente atribuídos. Avisem-me, que lhes explico como funciona! Abraços, e bom trabalho!
ResponderExcluirOlá João Alexandre, as fotos foram feitas infelizmente em dispositivos portateis, não sei se estarão na qualidade pretendida, mas, creio que ainda possuo os arquivos originais.
ExcluirPor, fovor me contacte no email joaogarcia.mota@gmail.com